terça-feira, 15 de novembro de 2011

Nunca quis ter nada a ver com Direito: jurista, advogada, juíza. O que fosse. Eram profissões que tresandavam a mofo, pouca criatividade e ceder ao que poderiam ser os nossos princípios. Não, definitivamente, todo aquele "cinzentismo" me aterrorizava.

No entanto, vibrava -ainda vibro, quando bem escritas - com séries de advogados (sublinho advogados/barristers) - pelo poder da palavra que sempre os caracterizava. A capacidade de dizer o que queriam, como queriam, com o resultado que queriam (bem, quando ganhavam os casos, mas nas séries de então, o advogado que ganhava era o que estava do lado justo - hoje, a ingenuidade já não é tanta da minha parte, nem as séries são escritas de uma forma tão simplista: ainad bem!).

A eloquência, a capacidade de fazer da palavra sua, sem a raptar inteiramente, deixando espaço ao ouvinte para a tornar também sua.

E o raciocínio que necessariamente estava inerente àquela mesma eloquência.... esse verdadeiramente apaixonante.

Aprendi, depois, que são raros os casos de verdadeira eloquência entre juristas, advogados e/ou juízes. São raros, mas existem. E ainda bem, porque é no raro momento em que me cruzo com alguém com essa capacidade de utilizar a palavra, que não é a mesma de um escritor ou de um político (essa(s) são igualmente fascinantes e deliciosas pelas suas próprias razões), que penso que vale a pena, afinal, achar graça a isto do Direito.

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