quinta-feira, 10 de novembro de 2011

das banalidades de circunstância I.... o clima

Como é típico na terra onde me encontro, o tempo mudou repentinamente.
O Verão deixou de o ser, para dar lugar a um (quase) inverno vestido a rigor, cinzento, frio e húmido.
E se uma parte de mim ansiava por um calor menos insuportável, esta diferença de mais de 10 graus centígrados mexe e remexe com o meu ser.

Portanto, o tema deste post é aquele interessantíssimo tema de conversa, aquele que permite fazer conversa de circunstância: o tempo.

A verdade é que de há uns anos para cá comecei a aperceber-me que, além de tema para conversa de croquete na mão e copo de uma qualquer bebida na outra, esta coisa do clima nos afecta mais do gostaríamos.

A minha complexa relação com o Sr. Clima começou quando vivi no norte da Europa. Lampeira que fui, considerando que isso de 4-5h de luz por dia não me afectaria nada e tão pouco faria mossa que 11 meses fossem passados com temperaturas reduzidas. Não! Isso não ia mesmo incomodar nada... excepto que, como todos os seres humanos (e plantas, já agora), comecei a murchar ao fim de dois meses, a jantar às 18h ( o que um amigo meu diria: decadente!), e a sair à rua a correr, sem parar por motivo algum, assim que via um raio de sol.

Foi também nesta altura que aprendi o verdadeiro prazer de uma tarde passada na relva (não havia praia nas redondezas, só canais....), de ter um espaço exterior na nossa própria casa e a importância que o sol tem no nosso quotidiano.

E deixei de lado a arrogância de achar que sou imune ao clima.

Não sou, nenhum de nós é.

Pelos vistos, contudo, sou atraída por terras onde o sol é escasso. Agora, não faz tanto frio. Pelo contrário, meses há em que o calor é insuportável. Mas sol? Nem vê-lo. Só esporadicamente.

Mas agora estou ensinada, sei o que fazer quando há uma abertura e tenho uma varanda preparada para qualquer visita inesperada.

Nada disto, contudo, sem o suspiro pelo maravilhoso sol que Lisboa costuma ter:-)

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