quinta-feira, 15 de agosto de 2013


Virei emigrante sem pensar muito. Para ser franca, até muito recentemente não me considerei emigrante. Saí para estudar. Saí para ir para uma organização internacional. Saí...

Fui regressando.

Desta vez, tem sido diferente. Saí para regressar a um local da minha adolescência, que moldou quem eu sou e o modo como vejo o mundo, para trabalhar num serviço público estrangeiro, enquanto "contratada ao exterior", o que em linguagem de organizações internacionais, ou de empresas que têm funcionários de várias partes do mundo, tem a denominação de "expatriada/o". Não sei de onde vem o hábito, porque a maioria é tudo menos gente sem pátria. É gente bem ligada às suas terras e gentes, mas que mantém uma ligação ainda maior com o mundo. São isso mesmo: cidadãos do mundo.

Só que, desta vez, sinto a cidadania do mundo mais distante e as saudades do meu país são mais presentes. Talvez porque veja menos o regresso. Mais distante. Menos possível.

E foi assim, sem pensar muito....